Muitas vezes me percebo como um círculo infinito, em outras como um labirinto.
Sou um enigma, uma elipse de mim mesma. Posso instigar fantasias e desejos ou levar à loucura.
Às vezes algumas pessoas tentam me decifrar, mas não recomendo, não é algo saudável a se fazer. Sou como a Esfinge: “decifra-me ou devoro-te”. Geralmente os mais persistentes acabam se afogando no próprio sangue. O aviso é sempre claro, mas alguns insistem em não ver. Quando se dão conta estão perdidos e é tarde demais. Não é culpa minha ser assim, faz parte do ser que foi construído ao longo de sofridos anos, de noites insones perdidas em pensamentos e devaneios, de noites de sonhos insanos e entre voos e teias.
Eu sou assim. Me ame ou me odeie, não me importa. O calabouço é o mesmo.
Annabel Rocha (21/05/2010)